Comigo-Ninguém-Pode.

Um dia eu ainda quero colocar os pés no chão em uma terra que eu nunca pisei. Em um lugar que eu acredito concentrar forte herança familiar, de um povo que já alguns anos conhecem bem o significado da palavra 'exterminar'. A ameaça avança conforme as horas se passam.

Essa terra que ainda quero pisar é a mesma que um dia pretendo estudar, mapear e registrar. Seus pequenos organismos vivos e poderes de autotransformar, modificar e moldar o espaço conforme as necessidades humano prejudiciais que lhe poem em risco.

Mas não falo dos humanos que mantêm o equilíbrio homem-natureza, falo dos que comprometem seu próprio ar sujando suas mãos por papéis sujos de sangue.

A mesma mão que segura a serra e deixa cair o tronco da Samaúma é a mesma que segura a arma e derruba no chão o tronco dos povos originários da terra, mas esquece que os mesmos nunca irão sair de lá, estão presos no chão pelas com fortes raízes.

Há esperança em todo lugar. Apesar dos pesares ainda acredito no seu poder de lutar e se transformar, antes que tudo isso não se torne apenas um escrito num pepel, servindo como conto de ninar, para o filho do barão sonhar, com seu futuro brilhante da caça incessante de um dia enricar.

Como eu queria que isso fosse apenas um pesadelo meu ou um exagero estudantil de não ter mais o material para estudar, como eu queira.

Mas, enquanto não saio para a luta do lado de lá, fico aqui tentando disfarçar. Cuidando das plantas que temos o privilégio de poder amar. Por isso, peguem as suas mudas de Comigo-Ninguém-Pode, peguem seus incensos de purificação do ar, peguem o sal grosso, mentalizem, meditem e peçam proteção para seu lar. Não deixem as más energias te calar e te pesar. Sobre como usar esses elementos no lar: Coloque o sal grosso dentro do jarro e depois coloquem dois incensos do lado da muda. Deixe detrás da porta durante a noite e mentalize sua limpeza com a sua fé e da forma que melhor quiser. E para os próximos dias, amor. Seguimos!