10 poesias do livro Rubaiyat

Antes de colocar as poesias que de alguma forma e por alguma palavra em meio às linhas desse livro me chamaram a atenção, saibam que beber vinho e se apaixonar é só algumas das características marcantes das poesias de Omar Khayyam. Poeta, Matemático e Astrônomo que durante sua vida escreveu poesias de forma simples e intemporal, como o livro mesmo descreve e é possível comprovar isso durante sua leitura.

Permitem-nos sentir um pouco das experiências refletidas e transcritas com as palavras de um homem e escritor persa que nasceu e viveu entre os anos de 1048 á 1131, e o que é um fato para quem ler suas poesias nos dias de hoje é, ainda temos muito que aprender com seus escritos sobre como ligar o modo ‘’viver sem apenas sobreviver’’.

Agora, vamos aos escritos? Irei numerar de acordo com o livro o número da poesia e quando você puder adquirir um Rubaiyat para você, irá lembrar-se das poesias que te adiantei a descobrir por aqui, que tal? Então, vamos!

1:

- 4

Procede sempre de maneira

Que de tua sabedoria

Nunca sofra o teu semelhante.

Domina-te. Jamais te entregues

À ira. Se queres chegar

Um dia à paz definitiva,

Sorri aos golpes do Destino,

E nunca batas em ninguém.

2:

-6

Alcorão, o livro supremo,

É lido às vezes pelos homens.

Mas que homem na leitura dele

Se deleita todos os dias?

Repara: há nas bordas das copas

Gravada uma secreta máxima

Que todos somos obrigados

A compreender e saborear.

3:

-15

Além da Terra e do Infinito

Eu procurava o Céu e o Inferno.

Mas uma voz solene disse-me:

- ‘’Procura-os dentro de ti mesmo.’’

4:

-20

Mais rápidos que a água do rio

Que o vento do deserto, escoam-se

Os dias. Dois não me interessam:

São o de ontem e o de amanhã.

5:

- 45

Em voz baixa dizia a argila

Ao oleiro que a modelava:

‘’Já fui como tu, não te esqueças...

Portanto não me brutalizes!’’

6:

- 65

Os homens estreitos ou orgulhosos

Fazem distinção entre a alma e o corpo.

Eu afirmo apenas que o vinho acaba

Com as preocupações e nós dá o sossego.

7:

- 73

Por que tanta delicia e afagos

No começo do nosso amor?

Mas agora o teu só prazer

É rasgar o meu coração.

8:

- 81

No turbilhão da existência

Só são felizes aqueles

Que se consideram sábios

Ou não procuram instruir-se.

Fui inclinar-me sobre todos

Os segredos do Universo...

Voltei a casa invejando

Os cegos que eu encontrava.

9:

- 96

Não deixes de colher os frutos

Que a vida te oferece. Corre

A todos os festins e escolhe

As copas que forem maiores.

Não creias que Deus leve em conta

Os nossos vícios e virtudes.

Nunca desprezes qualquer coisa

Que te possa fazer feliz.

10:

- 105

Os sábios não te ensinam nada,

Mas ao acarinhares os longos

Cílios de tua bem-amada

Sentirás a felicidade.

Não te esqueça que tens os dias

Contados. Assim, compra vinho,

Busca um retiro sossegado

E no vinho a paz, o consolo.

E aqui encerro essa seleção de 10 incríveis poesias de 170 que formam esse livro magnífico traduzido por Manuel Bandeira e que provavelmente você irá sair daqui com vontade de colocar em prática uma dessas 'dicas de Omar', rs. Espero que tenham gostado da aventura entre linhas de hoje, e que convide teus amigos para passar aqui também. Até o próximo post! <3