Amazonas, pátria da água
- Mirian Torres Sumaúma
- 5 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de jan. de 2019
Há um ano atrás eu começava a colocar em prática minha meta de ler livros, vários livros durante o ano inteiro de 2018. E eu consegui!
Dentre os livros que li o primeiro foi Amazonas, pátria da água, de Thiago de Mello. Nele, o autor fala de suas experiencias vividas em uma viajem pelas incríveis redondezas do rio Amazonas, e de forma que nos faz pensar no quanto não conhecemos de fato a grandeza do amor que mantêm vivo um dos locais mais misteriosos do nosso país e que de uma forma geral, não sabemos de fato o quanto somos beneficiados com seus poderes históricos que se mantem em resistência e sobre a guarda dos povos originários que ali vivem e sobrevivem, com o equilíbrio Homem e Natureza.
Depois que li o livro pensei em como não poderia deixar o tempo apagar da minha mente a sabedoria e as observações que esse livro conseguiu despertar em minha mente. Resolvi anotar um pequeno texto sobre ele em um caderninho, e hoje quero aproveitar e compartilhar com você(leitor), o quanto há de inspirador para o nosso pensar em questões ambientais e de ancestralidade. Assuntos que são falados com tamanha sensibilidade no livro e que quero deixar registrado aqui. Então, aqui vamos nós!
''Dentro dos nossos verdes se escondem segredos que curam e histórias que nos transformam. Lendas ou mitos, como quiser chamar, nos transformam em seres esperançosos. Nos faz crer que algo bem mais puro que o ser humano, algo bem mais disposto a proteger nossos (seus) verdes, existe. Ou melhor, existem. E estão lá, escondidos em algum lugar longe ou profundo aos olhos da maldade.
As curas são as mesmas que acreditamos existir apenas ''fora''. O que não é verdade pois a cura, a natureza mesma nos dá. Mesmo com todo mal que à ela fazemos, ela nos retribui com aquilo que existe de mais forte em si, o amor.
E não podemos esquecer, nossos animais possuem poderes, que podem levar á morte. Como o olhar de uma sucuri que mata um homem só com o encanto de seus olhares que fixam, como uma onça quando bate de frente com o perverso caçador.
Só nos resta mesmo é admirar, cuidar e preservar até nosso ultimo suspiro, porque o que têm aqui não é nosso, é tudo emprestado e estamos aqui só passando. Cuidar para durar, preservar para eternizar e para outros que irão vir dar continuidade ao que já começamos e seguirem com a corrente de amor ao que nos foi deixado, com muito cuidado. E admirar, mesmo que de longe."
E foi isso, o que me marcou de maior das linhas lidas deste livro que tive a sorte de encontrar na biblioteca da minha escola, e que fiz questão de guardar com muito cuidado algumas de suas palavras para que em algum outro momento da minha vida eu possa reler e aprender novamente, e quem sabe até usa-lo como parte de uma perspectiva diferente sobre cuidar da natureza e de todos os seres que nela habita.

Comments